segunda-feira, 14 de julho de 2008

O foco feminino diante da traição



É interessante os diferentes questionamentos que homem e mulher fazem, tanto para si mesmo quanto para o seu/sua companheiro (a), bem como o que pensam ao saberem que foram traídos. O foco diante da situação dado por cada um deles é muito distinto.

Primeiramente irei falar do foco feminino diante da situação. A mulher no seu próprio dia-a-dia é maciçamente pressionada pela mídia e pelo mercado da aparência perfeita. Ambos focam a questão de ser e estar sempre bela, bonita e gostosa como a chave para o sucesso pessoal, profissional, emocional e etc.

Não é à toa que um dos mercados que mais cresce mundialmente é o da indústria cosmética e de cirurgias plásticas. Atualmente temos o Brasil ocupando o segundo lugar no ranking mundial em intervenções cirúrgicas com fins estéticos. A revolução tecnológica além de nos proporcionar novas máquinas e novas possibilidades de desenvolvimento, também gerou mulheres vítimas da própria vaidade e do apelo da mídia. Ou seja, a mulher do século XXl; salvo algumas raras exceções, acha que tudo que lhe acontece de benéfico ou não é conseqüência e/ou gira em torno da sua beleza. Assim sendo, podemos dizer que direta e indiretamente as mulheres tornaram-se reféns desse padrão de aparência ideal e bem-sucedido que vem sendo comercializado nos últimos anos.

A mulher atual, consciente ou inconscientemente, já se tornou ou se autotransformou em um “produto”, só que não se deu conta ainda. Diante do ato da traição podemos ver de modo mais evidente o quanto a mulher está submetida ao mercado, a mídia e a concorrência que há dentro do seu nicho de atuação, isto é, o mercado dos homens disponíveis... Ou não. Visto que, ter um marido não é segurança pra nenhuma mulher de que a concorrência acabou. Muito pelo contrário, ao casar é que o cuidado deve ser redobrado para não ser derrubada pela demanda, que é bem maior do que a oferta.

A mulher ao saber que foi traída tem como foco principal analisar a sua própria aparência, em seguida a aparência da cúmplice da traição, ou seja, a da amante. É nesse ponto que elas se colocam como produtos. Elas se analisam verificando em quê o “produto” está com deficiência pra estar perdendo mercado, pensam em mudar o rótulo, a embalagem por completo ou até mesmo o público alvo. E também verificam a concorrência, para assim verem o que pode ser melhorado diante do mercado opositor e também pra conhecer seu novo produto. Que agora elas estão lidando diretamente e disputando espaço. Em suma, claro que a traída vai querer saber por quem ela foi trocada, logicamente irá se comparar a ela e buscar informações para saber onde está pisando e quem terá que enfrentar.

Queridinhas, não adianta negarem e dizerem:
“Jamais eu me compararia àquela baranga. Além de ser muita humilhação, não vou me auto-subestimar, pois sem dúvidas sou muito melhor que ela”.

Bem, vocês podem até dizer isso pra tentarem aliviar a dor de cotovelo. Entretanto, todos nós sabemos que vocês irão se comparar, SIM! Nem que seja reclusamente em vossos banheiros, às 2 horas da madrugada, num papo super cabeça entre você, seu espelho, sua auto crítica, seu ego e seu desprezo pela amante. Mas, que vai rolar comparação e análise de onde a amante vos superou, isso vai rolar meeesmo!!

Ao escutar, ver ou confirmar a desconcertante notícia que foi ou está sendo traída, primeiramente a mulher se AUTOQUESTIONA: será que foi porque engordei? Ou, estou aparentemente 10 anos mais velha do quê a idade que realmente tenho? Ou pior, será que pareço ser bem mais velha que ele? Quem sabe estou aparentando ser tia ou até mãe dele? Será que estou feia, fiquei feia ou não sou mais atraente aos olhos dele? Onde está o MEU problema?????

Claro que ao fazer esse último questionamento ela já está em pé de frente ao espelho, analisando cada detalhe e sob todas as possíveis perspectivas e remoendo os miolos pra descobrir onde está o defeito físico NELA que justifique a traição DELE. Só que na verdade, ela já sabe onde estão todos os “defeitinhos” que ela considera fisicamente justificável para a traição do companheiro. E ela também sabe que tem muito mais chance da traição ter ocorrido não pelos remotos defeitos físicos, mas pela falta de atenção, pelo estresse decorrente da sobrecarga de trabalho, responsabilidades, entre outros. Tudo isso em conseqüência daquela reivindicação feita há muitas décadas atrás, pelo espaço no mercado de trabalho, reconhecimento, liberdade etc, etc...

A mulher moderna falha ao insistir em mostrar que é também uma supermulher, o que é uma utopia. Por que não mostrar que é um ser humano com fragilidades, defeitos, carências e tantas outras coisas? É normal, é natural e é bem melhor ser imperfeita. A perfeição éalgo muito complicado de administrar e cansaaaa. Mas o pior é que além de mostrar ela quer provar à todo custo que dá conta dos afazeres do lar, da educação das crianças, do trabalho, do chefe, da próxima promoção na empresa, do cargo de chefia que ela com muito empenho conquistou e agora ela administra um corpo funcional de 3.759 pessoas, das compras do mês, do dia do lixo, da lavanderia, ela também resolve os problemas dos familiares dela e também do esposo, é super equilibrada emocionalmente, não precisa de terapia, vai pra academia três vezes por semana, mantém uma dieta balanceada, é super-mãe, vai à todas reuniões da escola, passeia no shopping etc, etc. E além de tudo isso, ainda é esposa nas horas vagas.

Detalhe: horas vagas de apenas alguns insólitos dias.

Porque nos demais dias, ela se prende a reclamar de toda essa exaustiva rotina, da fulana do setor tal que ganha mais do que ela e trabalhando bem menos, da professora das crianças que mandou um recado desaforado dizendo que as crianças estão perdendo o direito todos os dias, pois não querem obedecer as regras; quando na realidade, eles estão gritando em silêncio por um minuto de atenção, dos funcionários que fazem parte da sua equipe que não entendem ou fazem o serviço certo, a lavanderia que entregou a roupa da semana faltando peças, do lixeiro que não recolheu direito o lixo deixando tudo espalhado pela calçada, do alto preço das frutas que ela tem que comprar pra não sair da dieta e blá, blá, blá...

Arfe!! Nossa até eu já estou exausta dessa mulher, dirá o companheiro dela. O pior é que ela é tão imperfeitamente perfeita, não é??

Ainda vale salientar que toda essa agitação a fez adquirir um probleminha, o de esquecimento. É! Ela esquece que super-mulheres também dormem ao final de um dia lotado de tarefas sob muita pressão e carregada de grandes responsabilidades. Esquece que muitas vezes o companheiro só quer alguém perto, uma companhia pra ele também dividir suas frustrações, seus medos ou a banalidade do dia-a-dia; alguém que não seja nada, nem ninguém, seja apenas aquela mulher que ele ama (ou amava) e tem (ou tinha) prazer em estar perto. Só que esta, já está tão cheia de si, que não há praticamente espaço para mais nada, dirá espaço para alguém. Só que acontece o seguinte: nem todo mundo se contenta com migalhas por muito tempo.

Todavia, quando o companheiro vai ver... A casa está na mais perfeita ordem (às vezes), as crianças estão dormindo (tbm às vezes) e então ele pensa em tomar uma cervejinha... Opa!!! está lá, geladinha e da marca certa. Tem até aperitivo semipronto que é só colocar no microondas e daí então... É só alegria!!

– Beleeeza!! Pensa ele.

Porém, a amada... Ahh, ela está só o projeto de gente prostrada na cama, roncando de tão cansada, toda descabelada, maquiagem borrada do banho; sim porque a esta altura do campeonato... Demaquilante?? Já era!! Vestida com aquela roupa de dormir que ele já vê há uns cinco anos (em média). Enfim, um horror!!
O que ele faz? Bem, nas primeiras vezes, ele tenta reanimar a pessoa em estado de semicoma, depois do quinto dia (no máximo) recorrente e algumas tentativas (frustradas, mas como ele gosta MUITO da companheira... Ele tenta!), ele desiste e obviamente vai assistir ao jogo, qualquer jogo!! (diga-se de passagem). Tomando a cervejinha no ponto, comendo o aperitivo delicioso, só que... Na mais perfeita solidão!!

Até que (finalmente!!), na semana seguinte os amigos o chamam pra ir assistir ao jogo do meio da semana num barzinho, ele fica na dúvida. Mas, seu inconsciente (super consciente!) o remete a todos esses acontecimentos da semana anterior; que até então ele ainda não havia se tocado que acontecia há semanas, meses... Ele pensa, pensa mais um pouco, repensa e se conforta dizendo pra si mesmo:

– É só hoje! Afinal, que mau há em sair com os amigos? (Uma tentativa dele de aliviar a culpa e não ficar com peso na consciência. Mas afinal, que mau há mesmo, não é verdade??).

Pois é... Já é, queridona! Depois dessa breve auto-análise. Ele já super aceito o convite. E você se engana feio se acha que a saída com os amigos será só neste dito dia.

Faz-me rir!!

Ele, ao chegar em casa depois da reunião com os amigos ou da velha pelada, vê a mesma e já esperada cena de sua companheira. Ela, esparramada na cama, morta!! Ele deita e pensa:

- Beeeleza!!

No dia seguinte, ele fica um pouco apreensivo pensando em como explicá-la sobre o horário que chegou na noite anterior. Só que enquanto ele fica hesitante sobre o que dizer percebe (quando a situação é super favorável, eles conseguem perceber o que está gritante - rsrs) que ela nem comenta e já começa a reclamar que o dia está lotado de grandes compromissos, inclusive uma reunião com o chefe em 30 minutos, ou seja, ela não deu nem notícia da hora que ele chegou em casa.

– Beleeeza!! Pensa ele novamente.

Depois dessa linda manhã, ele pensa que o que ele fez, aceitando o convite e disse, dizendo que não havia mau algum e que era só uma vez, acaba se confirmando pra ele que não há problema algum em sair um pouco do cotidiano. Na verdade, essa atitude de aceitar o convite era também um mimo que ele estava fazendo para si mesmo mudando sua rotina e se auto-afirmando como gente. Só que já sabemos que tudo isso, na realidade, foi uma tática do inconsciente dele para ele não se sentir culpado mais tarde e de fato ele se auto-ludibriou com um presentinho conseqüente das circunstâncias. Só que esse mimo acaba tornando-se um momento habitual, necessário na vida dele e que passa por diferentes níveis de satisfação, vai do bom e agradável, para o promissor de grandes emoções no final da noite e lógico, vira um “vício” prazeroso que se perpetua pelas semanas seguintes ao primeiro evento.

Agora... Já era, querida!! Radar chamado sexto sentido urgentemente. E se funciona bota pra pensar e contorna a situação. Pois se vacilar meu bem, radarzinho já tá virando chifre na sua cabeça.

Então, você, companheira em semicoma, retire-se induzidamente do coma momentâneo que lhe acomete todas as noites. Pois já sabemos que você já suspeita com a mais sensata certeza que não está sendo só a cerveja, os amigos e o futebol. Entretanto, também se conforta dizendo pra si mesma:

– Coitado!! Tem direito de sair com os amigos. Afinal é só um jogo, vários marmanjos bebendo e gritando por causa de uma bola. Melhor ele lá desopilando, enquanto eu fico aqui descansando...
Zzzzzzzzzzz
Claro que ela adormeceu!!

Uuiii meu bem, ledo engano ir dormir pensando assim.

Enfim, depois dela se depreciar bastante de fronte ao seu companheiro de árduas lutas e batalhas, o espelho; ver e rever os defeitos que ela considera mais relevantes e claro, colocar em segundo plano e/ou ignorar seu comportamento nos últimos meses, ela volta ao local da revelação e agora sim, O QUESTIONA:

– Quem é ela? Com quem foi que você me traiu ou ainda me trai, seu canalha?

Nisso ela também já tem mais ou menos em mente quem possa ser, bem como sabe que a traição ainda tá rolando, mas pergunta mesmo assim. Vai que não é aquela moça mais nova que ela, mais descontraída e menos necessitada de ser o centro das atenções e que principalmente, já não tem mais a menor graça pra ele. Ou seja, já deu o que tinha que dar, não tem mais novidades pra apresentar e etc. Quando ela sabe que a amante deu mesmo e deu o que há muito tempo ela não pode, não quer ou seu estado de semicoma não permite que ela dê. Tanto no sentido sacana da palavra, quanto nas questões sentimentais como atenção, carinho...

De fato, na maioria das vezes a mulher é traída não por uma outra que seja muito mais nova, do tipo a metade da idade, geralmente é na mesma faixa etária, quando não é mais velha. A questão da idade não é um fator tão relevante e decisivo na hora da traição quanto muitas mulheres julgam ser.

O fator idade só é um fator de grande importância para nós, mulheres, porque envelhecer é muito mais difícil pra gente do que para maioria dos homens. Também recorrente da dependência que sofremos da mídia, que nos mostra de forma exarcebada que ao envelhecermos estamos saindo do foco, perdendo nossa feminilidade e nossa essência, isto é, fora do mercado competitivo. E com esse argumento nos joga milhões de recursos estéticos pra adiar esse momento em que velhice torna-se aparente. Esse processo passa a ser ainda pior quando nos vemos a envelhecer, sem recursos financeiros para buscar esse adiamento e enquanto nosso companheiro nos troca por uma mais jovem. E se esta é beeemm mais jovem torna tudo beemmm pior também. Assim sendo, mesmo antes da sua chegada o prenúncio da velhice já nos coloca na porta de uma fase de derrota e frustração. E se ela chega junto com uma amante que tem todos os atributos físicos exaltados que você já teve um dia... viiiixeee!

Contudo, quando ela questiona quem é a tal, na verdade ela quer saber:

– Quantos anos esta vaca ordinária tem?

Lógico que a outra já virou vagabunda, às vezes ela é mesmo e só está ali pra ver a desgraça rolar e mais um relacionamento acabar. Mas, na maioria das vezes também a outra é tão vitima da situação quanto a “matriz” (que horror, super machista!!).

Se ele responder a essas duas perguntinhas iniciais, ela vai continuar interrogando querendo confirmar quem é a sujeita. Se ele não responder ou mesmo depois de responder a tudo, ela vai começar o drama mexicano dizendo que fez tudo por ele, que se dedicou mais ao trabalho vislumbrando melhorar a renda da família, que sempre procurou agradá-lo mesmo quando ela não podia estar presente, deixando o petisco e a cerveja gelada pra ele e blá, blá, blá...

Só que agora não adianta mais, a conversa demorou pra acontecer e não adianta se enganar diante daquilo que está na sua frente, mas você insistia em adiar. Viu só???

Enfrente os fatos, discuta os casos, encare as evidências e supere os entraves. Super-mulher é aquela que concilia emocional, profissional e pessoal juntamente com o seu parceiro, em equipe, em casal. Não sozinha, porém vivendo ou convivendo com alguém.

domingo, 20 de abril de 2008

Traição Feminina - Vingança ou Consequência??



Olá! Estou desenvolvendo um trabalho de pesquisa de caráter comportamental sob uma perspectiva psicológica, cultural e social das mulheres em relacionamento estável que traem seus companheiros. Tendo como objetivo desmistificar a idéia de que a mulher só trai para se vingar; embora este também seja um fator preponderante para que a traição ocorra. Contudo, existem muitos outros fatores relevantes atrelados a traição feminina, mas a vingança não é o ponto basal como muitos acreditam.
De fato, durante muito tempo foi assim e por questões basicamente culturais esta atitude feminina ainda é embasada nessa teoria, a de vingança. Entretanto, ao longo dos anos posteriores a revolução sexual dos anos 60, este comportamento vem mudando e gradativamente a mulher passou a expor, exigir e buscar garantir o atendimento de suas necessidades emocionais, físicas e sexuais sem se auto-impor tantos limites e/ou pudores.
Apesar de toda evolução da classe feminina permitindo que suas carências sejam expostas e questionadas, quando se trata de expor de quem parte tais carências, elas optam veementemente pela discrição na manifestação, busca e satisfação dos seus desejos mais intrínsecos. Tornando assim a discrição uma forte característica e grande preocupação da mulher diante do ato de trair. Ao agir discretamente, inconscientemente a conforta essa possível garantia de manter a imagem dela resguardada. Desse mesmo modo, até aquelas que após uma significante mudança de comportamento, rebelando-se e abandonando o papel de personagem passiva das relações que estabeleceram em suas vidas e, atualmente tenham se tornado personagens ativas; algumas bastante ativas, diga-se de passagem. Para estas, a discrição também não deixou de ser o subterfúgio que as mantém protegidas da sociedade e de seus padrões.
Ou seja, a mulher moderna mesmo tendo sido tomada pelo grande "boom" revolucionário da troca e aquisição de novos e antigos papéis; de atualmente ela está numa posição estratégicamente favorável a mudanças e evolução da sua espécie, no sentido de mostrar-se capaz e ser capaz de atuar em diversas áreas; mesmo assim, à ela ainda não convém expor deliberadamente sua capacidade de atuar competentemente em áreas ditas masculinas, bem como, não é conveniente assumir outros novos papéis que ela também pode exercer, os quais a propósito, muitos já foram inseridos a realidade dela. Porém, ocultamente ou discretamente.
Outrora alguns papéis que eram assumidos unicamente por homens, atualmente os são por mulheres e vice-versa. Essa mudança é resultado de uma forte influência e iniciativa dos movimentos feministas que esbravejavam o chavão libertário “Queremos direitos iguais”. Esta luta estabelecida há anos, veio favorecer à mulher a assumir uma posição que dá o direito e a chance delas opinarem e divergirem dentro de uma sociedade altamente machista. Obtendo-se assim nas últimas décadas, um alargamento no número de mulheres que conquistaram lugares de destaque na sociedade, assumiram novos espaços, bem como também tiveram que somar novas responsabilidades as já, então, à elas impostas e perpetuadas como tarefas femininas.
A passavidade diante da traição masculina está arraigada na sociedade desde o início do século passado, entretanto sempre beneficiando aos homens com essa "liberdade justificável" e "motivos aceitáveis" como: virilidade, auto-afirmação, instinto etc. Do tipo, a mulher deu bola e os amigos viram... "Ahh não dá pra deixar passar, né??" (pensam eles) Ou serão vistos como derrotados, fracos, até mesmo como gay se não aproveitarem a chance. E por aí vai as infindáveis situações, explicações, motivos etc, que levarão, levaram e levam um homem a trair. Incrivelmente para muitas mulheres todo esse blá, blá, blá do macho sobre a traição, até hoje é super plausível. Mesmo elas estando diante desse lento, porém bem sucedido processo de evolução e conquistas da classe feminina, ainda há espaço para conformação no que diz respeito a traição masculina.
Isto é, mesmo a mulher tendo dado seu "grito de liberdade" e se autopresenteado com uma "carta de alforria" lhes dando plenos poderes e direitos de tomarem conta de suas próprias vidas e atitudes, ainda há uma castração quando o assunto é traição femina. Pois não apenas os homens, mas também, as já citadas, mulheres conformadas e que aceitam a traição masculina, condenam e rotulam a mulher que a comete como vadia, devassa, vagabunda etc.
Desse modo, em partes justificam-se os motivos pelos quais as mulheres continuam a optar pela discrição e não, pela exposição de mais um espaço por elas conquistado. Visto que para poderem revelar tal conquista; não por questões de honra ou de glória e, sim por uma questão de direito adquirido e justificável. Sim, justificável e na mesma medida e proporção que é para os homens. Já que diante das condições e necessidades femininas, a elas também vos é dado o direito de ter instintos; que aqui não cabem que seja o maternal, pois esse não é o único instinto que uma mulher pode ter e se dar o direito de sentir.
Assim sendo, para um dia a exposição da traição feminina acontecer e ser vista como a do homem é, será instaurada na sociedade uma batalha árdua e inexorável, pois este espaço desde os primórdios é visto como fruto de posse e parte da programação genética do macho. Ou seja, este espaço até hoje é assim e o será por muito tempo indelével da índole masculina. Embora, as mulheres já estejam provando o sabor da traição há um certo tempo e timidamente de forma mais translúcida.
Após esse breve resumo de fatos e opnião, retomo exclusivamente a temática do que leva uma mulher em relação estável a trair o seu parceiro. Na maioria dos casos relatados a vingança está entre os últimos fatores que levam uma mulher a trair seu companheiro. A insatisfação; seja ela amorosa ou física, destaca-se sendo a maior desencadeadora da traição sexual feminina. Isto é, a mulher não trai por esporte ou por instinto animal, como normalmente os homens fazem ou defendem-se. A princípio, os motivos da traição feminina estão coerentemente relacionados a sentimentos de insegurança, frustração, insensibilidade do parceiro, machismo, falta de diálogo, entre outros.
Em suma, após trazer a tona a questão da traição feminina, este tema polêmico e ainda um tabu perante a nossa preconceituosa e machista sociedade, quero saber a opinião de vocês.
Quais fatores ou motivações estão atrelados a traição feminina? Somente o sentimento de vingaça ou consequência de N problemas ligados a relação conjugal?
Marina Brava Flor
P.S.: Caso queiram relatar com maiores abordagens/detalhes a temática e não queiram se expor, disponibilizo meu e-mail e garanto-lhes retorno e discrição certamente.

E-mail: marinabravaflor@hotmail.com